O voo dos corvos no cotidiano incomum
Corvos sobrevoam a minha cabeça
E um velho circula a praça
As árvores no topo se abraçam
Respiro ofegante que não passa
Mais outro senhor, com roupas desbotadas
Há quem julgue suas vestimentas
Há pessoas que simplesmente não entendem
Os corvos sobrevoam essas carcaças
Além do que posso ver agora
Além do que os corvos podem voar
Existe o agora que às vezes deixamos pra depois
E esse depois, às vezes, vai embora
Distante do que posso confiar
Perto do que posso sentir
Estou vivendo do que posso viver o agora
E sinto-me muito próximo do que está por vir