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Figuras, fulguras, figurantes, figurões.

Belo, intrépido, mordaz e homérico.

No mundo moderno, indigesto

O direito e seu papel “modesto.”.

Tutela grandes interesses...

A fome, a miséria, a discórdia são seus fregueses.

Ah, Direito!Direito!

Perdeste tuas rédeas para defender os burgueses.

Direito!Direito!

Ergue teu peito,

Morres em teu leito.

És cruel, mesquinho, desumano.

Teus ideais perderam-se em outros planos.

Direito, Direito...

És o vilão de um crime imperfeito,

Legitimas crueldades em nome de suspeitos.

Bandidos indecorosos andam livres

Pobres crianças caem em declives.

Direito, estás pervertido,

Acanhado, sofrido...

Desiludido.

Quiçá perdido.

Teu passo é errante, desconcertante.

Pobre és tu, vacilante!

As sombras circundam teus caminhos.

Reabilita-te, pois, teu rumo está em desalinho.

Nijinska Nelly
Enviado por Nijinska Nelly em 25/04/2018
Reeditado em 25/04/2018
Código do texto: T6318990
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