O silêncio que a muitos fala!
O silêncio às vezes fala
Por vezes nos entende
E também nos consome
Nos prende
Nos rende
Nós que perdidos
Nas entranhas do silêncio
Adentrando os pensamentos
Aprofundamo-nos nos fins
Buscando a compreensão de começos
E ao sentir
Este silêncio que a muitos fala
Este som que ecoa interiormente
Este som que não se há evidentemente
Mas que às vezes nos permite ouvir ruídos
Ruídos exteriores
Ou interiores
Permitimo-nos ser levados a algum lugar
Algumas vezes sombrios
Outros reflexivos apenas
Até ocorre de ser lugares felizes
Em certas ocasiões
Nos faz lembrar
Relembrar e sentir tais emoções
Emoções que por vezes nos fazem chorar
Também nos permite sorrir
Mas essencialmente
Elas, através do silêncio
Nos permitem viver!
E nas idas e vindas
E no íntimo destas viagens da taciturnidade
Há uma certeza conspícua:
Silêncios nos falam muito!
Silêncios falam muito sobre nós!