Um lamento
Minha língua fere a barbárie
De uma sociedade corrompida
Pela dor e podridão da agonia,
Que rasga a carne de quem não se defende,
Que pouco se importa com seu nome,
Não falo daqui ou dali,
Mas de qualquer parte que venha a discórdia!
Me dói ver uma surra,
Uma briga ou uma algazarra,
Me incomoda o grito doído,
O soluço entalado!
Sua voz é sua arma,
Então crave cada letra nas mazelas,
Nas dores de quem não fala,
Grite, suplique, não brinque!
Defenda o seu sangue,
Liberte-o da ilusão!