Para onde vais afinal?
Nesta Nau que navegamos
Rumo a lugar sombrio
Onde o sol se apagou
Em seu lugar veio o frio
As mãos que pegam teu leme
Ouve navio, a verdade!
Te afundas cada vez mais
Neste Mar de tempestade
Teremos que te despertar
Dar-te energia, e vigor
Pobre navio cinzento
Falta-te alegria e cor
Navegas em águas turvas
No meio do lamaçal
Não tens rumo, não tens rota
Para onde vais afinal?
Gilberto Fernandes