A Estrela Companheira
Urgente!
Meu palanque, minha letra
A terra, a fome, a miséria e a lástima
Calam em meio a frenética ideia
da ilusão derradeira que calar é preciso
e que a justiça está sendo feita.
Aquele que olhou no espelho e disse
que o andar descalço pela terra era feio
Que lutar pelo direito
era contexto e que o ser reprimido é melhor conduzido
No chão que semeia o vento
Não se colhe um pensamento lógico
Só histórias contadas
Só supostas suposições
Santo, puto é chegado o momento das inquisições que servem pra uns e pra outros não...
Ladrão brincando de polícia
Formadores de opinião em uma linha
Fina bem fininha
Que quase não se vê separação
Entre a coroa e o bordel
Menestrel me faço
pra expressar o que eu acho
e o que eu perdi
Não me venha falar das flores e rosas que nunca vi
Falo da estrela companheira
Que mudou a história inteira
Daqueles que já estiveram a beira
Mas que tantos outros marginais
Estão querendo apagar
Brilha a estrela que cruzou o céu e que é lembrada
Tantas fontes de história
Mas um povo sem memória
Desmemoriado está
Podemos Cabral interditar?
Podemos mudar o curso
Ou simplesmente achar que é justo um único ser julgar...
Uns dizem que é o começo
Eu chamo isso de fim
Quem é você para apontar o dedo pra mim
Era só uma estrela companheira
É só uma peça nesse quebra-cabeça
Hoje meia lua inteira...