Semente

Semente abandonada ao solo à própria sorte,

tão bem mais fácil acolher-te a morte.

Mas não!...

Sê bebes da água da vida e comes do pão da

terra, acomoda-te, enterra e aí então deita

raízes rasas... profundas, na profundeza

que será teu existir.

Diária a luta e tua vida tributa a força toda

empenhada no viver, o que pudeste trazer

guardado em ti, de quem gerou-te...

Então levanta e o sol alcança, não te cansas

de crescer... tiveste sorte, darás sementes

soltas ao vento, expostas ao tempo.

Luta contínua, perpetuação... tu te vais,

esvais, devolve a terra que espera o que

tomou; restas alimento a nova semente

que plantou...

fabio fernandes
Enviado por fabio fernandes em 02/04/2018
Reeditado em 02/04/2018
Código do texto: T6297242
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