Raízes
Broto interno que expande.
Rompe as barreiras ideológicas.
Cria vida onde há morte,
Lança sorte e se faz forte.
Contemplam a beleza da flor
Ao mesmo tempo em que esquecem a dor.
De ser simplesmente frágil
Com raízes peito abaixo,
Dando sinais de eternidade.
Arranque o belo que lhe dou!
Leve consigo o produto de minhas entranhas.
As raízes que aqui ficam não morrem
Dilatam em sonhos e amor.
E se na clausura tentam me prender,
Produzirei vida nas noites quentes de outono.
Farei versos com raízes no infinito
Que tocam almas enquanto grito
No silêncio do ninho meu.
F©
MCMLXXVIII