Um carro e uma bagagem de percepção
Dentro do meu carro velho eu parecia ser mais velho
Existem coisas que nos fazem parecer tão antiquados
Existem rótulos que nos pontuam como ultrapassados
E, algumas pessoas nos fazem refletir sobre esse estado
Pessoas que entram, saem, marcam e desmarcam
Elas carregam um poder único durante seu caminho
Algumas chegam e predominam, outras passam e nem encaram
Todas elas são um cartão postal, sendo mais sujo sendo mais limpo
Somos uma despedida em um formato de instante
Somos livros enfileirados de uma pequena estante
Precisamos ser o brilho em polvorosa, em sigilo
Algo que nos unifique e nos contagie quando for preciso
Limites que nos colocam que colocamos
Montanhas que não se escalam por receio
Olhares que não se medem quando se entreolham
Amores saborosos como o degustar de um bom recheio
É a forma da aglutinação, sem ser parecidos
Quando os opostos procuram um itinerário
Para marejar os olhos de quem não está sozinho
Programado no sentido anti-horário, além dos moinhos