ROLO

O bolo,

Do bololó ,

Do bolo,

Do rolo

Que enrolou

O povo --

Envolvendo-o

No rolo,

Do bolo

Dividido

Entre a confraria

De rapinadores ,

Contumazes

Enganadores

Do povo,

Costumeiros fazedores

De vãs promessas --

Verdadeiras trepeças

Aplicadas com requinte novo,

Com intuito de enganar,

Pois na verdade

Só lhes interessa xêpa!...

Meter a mão

Na abundante grana,

Fazendo -se de probo,

De bacana!

Mas no íntimo ,

Semelhando

A cães que não

Largam o osso:

No rolo

Que chafurdou

O Brasil

Na patifaria,

No lodo ,

Divisão

Do espúrio bolo!

O povo

Envolto no rolo ,

Feito de bobo ,

Nao sabia

O que em seu entorno,

Acontecia,

Nao via

O bolo inchar,

Se agigantar

No escaninho

De tamanha

Patranha :

De bolinho

Virar bolão!

E a cada ladrão

Como lobos

Em esfaimada

Matilha,

Coube enfim,

Na partilha

Do butim,

Grandes

Pedaços do bolo --

No bololó ,

Do bolo,

Que pôs

O povo

No rolo :

Banquete,

Joguete,

Nas mãos

De larápios ,

Que o País

Com roubalheira

Afundaram,

Jogaram-no

Ao chão ,

O puseram

De quatro,

Quando deram

Uma rasteira

No povo ,

No mais

Infame rolo,

Que prostrou

Por terra

A Nação

Brasileira!

JUCKLIN CELESTINO FILHO
Enviado por JUCKLIN CELESTINO FILHO em 31/03/2018
Reeditado em 12/11/2020
Código do texto: T6295938
Classificação de conteúdo: seguro