Sexta Feira da Paixão e a Flor do Maracujá
Neste dia de reflexão, relembro aqui um grande poeta e compositor que marcou sua existência através de suas escritas e que muito nos orgulha pelo seu feitos. Catulo da Paixão Cearense, autor destes versos.
A Flor do Maracujá.
Encontrando-me com um sertanejo
Perto de um pé de maracujá,
Eu lhe perguntei:
Diga-me caro sertanejo,
Porque razão nasce branca e roxa
A flor do maracujá?
Ah,pois então lhe conto,
A estória que ouvi contá,
A razão porque nasci branca e roxa ,
A frô do maracujá,
Maracujá já foi branco,
Eu posso inté lhe ajurá,
Mais branco qui caridade,
Mais branco do que o luá,
Quando a frô brotava nele,
Lá pros cunfins do sertão,
Maracujá parecia,
Um ninho de algodão.
Mas um dia, há muito tempo,
Num meis que inté num mi lembro,
Si foi maio , si foi junho,
Si foi janeiro ou dezembro.
Nosso sinhô Jesus Cristo,
Foi condenado a morrê,
Numa cruis crucificado,
Longe daqui como o quê,
Pregaro Cristo a martelo,
E ao vê tamanha crueza,
A natureza inteirinha, Pois se a chorá de tristeza,
Chorava us campu,
As foia, as ribeira,
Sabiá também chorava,
Nos gaio da laranjeira,
E havia junto da cruis,
Um pé de maracujá,
Carregadinho de frô,
Aos pé de Nosso Sinhô.
I o sangue de Jesus Cristo,
Sangue pisado di dô,
Nus pés de maracujá,
Tingia todas as frô,
Eis aqui seu moço,
A história que ouvi contá,
A razão proque nasce branca e roxa,
A frô de maracujá.
Neste dia de reflexão, relembro aqui um grande poeta e compositor que marcou sua existência através de suas escritas e que muito nos orgulha pelo seu feitos. Catulo da Paixão Cearense, autor destes versos.
A Flor do Maracujá.
Encontrando-me com um sertanejo
Perto de um pé de maracujá,
Eu lhe perguntei:
Diga-me caro sertanejo,
Porque razão nasce branca e roxa
A flor do maracujá?
Ah,pois então lhe conto,
A estória que ouvi contá,
A razão porque nasci branca e roxa ,
A frô do maracujá,
Maracujá já foi branco,
Eu posso inté lhe ajurá,
Mais branco qui caridade,
Mais branco do que o luá,
Quando a frô brotava nele,
Lá pros cunfins do sertão,
Maracujá parecia,
Um ninho de algodão.
Mas um dia, há muito tempo,
Num meis que inté num mi lembro,
Si foi maio , si foi junho,
Si foi janeiro ou dezembro.
Nosso sinhô Jesus Cristo,
Foi condenado a morrê,
Numa cruis crucificado,
Longe daqui como o quê,
Pregaro Cristo a martelo,
E ao vê tamanha crueza,
A natureza inteirinha, Pois se a chorá de tristeza,
Chorava us campu,
As foia, as ribeira,
Sabiá também chorava,
Nos gaio da laranjeira,
E havia junto da cruis,
Um pé de maracujá,
Carregadinho de frô,
Aos pé de Nosso Sinhô.
I o sangue de Jesus Cristo,
Sangue pisado di dô,
Nus pés de maracujá,
Tingia todas as frô,
Eis aqui seu moço,
A história que ouvi contá,
A razão proque nasce branca e roxa,
A frô de maracujá.