Sou vela ao vento
Sou vela ao vento
Desafio em vida diante de toda tempestade
Que jamais me apagarão
Sou barco a vela num mar de mansidão
Que preciso navegar sem direção
Trago marcas de muitas tormentas
Sigo suave cortando o mar diante do furacão
Sou vela ao vento esquecida fora do lampião
Minha chama oscila porém jamais me apagarão
Sou brisa suave que toca à pele suavizando teu calor em momento de tensão
Sou vela ao vento que separa dois amantes num quarto cheios de desejos quando da tua boca num suave assopro deixo de existir apaga-me pra dar ênfase à paixão
Sou vela ao vento não resisto ao calor
O fogo sepulta minha existência contudo está presente na minha composição
Amor, paixão, solidão jamais me deixarão
Sou vela ao vento você me olha mais não me ver só lembra de mim no teu apagão
Esqueci dos meus sentimentos apenas se satisfaz me usando sem dolo diz pra si mesmo dele é aquela função
Sou vela ao vento me deixa de lado quando não tem precisão de onde sai um ser tão mesquinho vai usando à vela deixando cair minha lágrimas pelo chão, quando respingos de mim cai em ti causam dor não pelo calor mais sim por toda horror que trás à minha alma por ser usado descartado como um peão nesse teu jogo nefasto sem qualquer emoção
Sou vela ao vento tenho sentimentos riu, sangro, choro, apaixono-me e morro toda vez que me usa jogando fora o amor que pra ti dei de coração.
Ricardo do Lago Matos