Balbúrdia Do Poeta

Eu espero os anos ardilosos,

O tempo de cessar a correria,

Fitar nos olhos da minha amada, a poesia,

No arroubo do meu coração o apaixonar…

Eu anseio pela brisa suave,

Transcender as portas dos meus olhos,

A balbúrdia dos pássaros no açaizeiro,

Um amanhecer mais calmo,

O sereno fleumático a passear pelas folhas.

Ah, sim! Correr para o meu homizio de amor,

Nos braços abertos daquela flor,

Que em uma tarde de domingo,

Floresceu nos jardins do meu querer.

O tempo levará as minhas forças,

A virilidade de amante voraz,

Mas quem procurar, encontrará em meu peito;

Incólume, o poeta tenaz…

Seus tantos capítulos,

Seus relatos perenes,

Sua caneta desembainhada,

Sobre a velha escrivaninha solene.

E no baile vulgar da sociedade,

Ainda se vestirão de poesias,

Muitos poetas,

e suas tantas idealizações de nostalgia.

(Hámilson Carf)

Hámilson Karf
Enviado por Hámilson Karf em 24/03/2018
Código do texto: T6289330
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