Estranho silêncio
Ainda sou regido pelo que sinto
E o que sinto não apenas me pertence
Já não é somente meu à muito tempo
E esse, é como a lua
Fases que se sucedem
Encontros e descaminhos
Quietude e intensidade
Existem juntos em meu viver
Um estranho silêncio me habita
Prenúncio do porvir
Uma ilusão recorrente me persegue
Nas esquinas diárias do cotidiano
Momentos que se alteram
Da extrema alegria à solidão profunda
Do indubitável amor à saudade
Convivem e me fazem morada
A certeza do que ainda virá
A espera que deixará de ser infinita
O ansiado encontro, o destino final
A razão que dará sentido a vida
Um dia, uma noite, uma eternidade
O para sempre se concretizando
Ainda que não se perceba
Estarei sempre amando