Quimeras da razão
Percebi o todo inerte
Senhor de si, completo
O todo que se basta.
Que cria e recria as coisas apenas de si mesmo.
Quando questionei o movimento da vida e a evolução do mundo me dei conta.
Sou senhor de mim?
Minha existência me basta,
sou por mim mesmo
Independente das causas e dos efeitos,
sou eu completude, pureza, amor e paz?
Não! Razo e tolo sou eu!
Verme arrogante e horizontal.
Vítima de mim mesmo,
Do bem e do mal.
Por isso mantenho me em silêncio ignorante.
E apartado da minha estupidez, tento ouvir a voz do coração,
que ecoa há muito tempo, mas sempre suprimida pelas quimeras da razão.
Geraldo Faria.