A ALMA DA POESIA
Leia como se fosses tu que escreveste,
meça com os olhos o tamanho das palavras,
confie no teu prazer e com os versos se deleite,
saboreie cada entonação molecular do que de ler acabas...
Mande às favas os manuais de instrução,
na caligrafia nem repares, leia as convulsões letrais,
pouse a ave branca que voa em teu coração,
rabiscos são, das palavras, sinais fetais...
Feito isso descarte excessos e pruridos,
repetições que se insinuam como gotas frias,
invada a casa da razão e a emocione com mil sentidos...
Feche o livro como se apagasse a história,
respire o ar da manhã, (amanheceu),
a alma da poesia estará na memória...