Balas...
Saudade do tempo em que as balas eram apenas doces...
Naquele momento em que a ideia surgia, os olhos brilhavam, o coração quase que disparava...
Juntava moedinhas, chegava na padaria, na lojinha, no camelô e fazia uma festa...de caramelo, de morango, tutti-fruti, hortelã...
Entravam na boca acendendo a alma, adoçando a vida, trazendo à tona as mais deliciosas memórias que se pode pensar...
Mas hoje o significado dessa palavra outrora tão gostosa carrega o peso da dor...
O peso da morte de quem tinha no coração o amor pelo próximo, pelos que não tinham voz, pelos que não tinha representação, pelos que não tinham o olhar do Amor voltado pra sua direção...
As balas a que me refiro hoje, ceifam a vida, obscurecem os corações, esmagam as almas, destroem famílias...
Que a ausência da guerreira não seja motivo de tristeza, mas sim o prenúncio de mudanças, transformações, de iluminação de consciências e de coragem de todos pra lutar...pra não desistir jamais.
Marielle, Presente!