O nada
Qual o sentido da existência?
Hoje refletimos,
De repente, partimos...
E a nossa consciência?
Ela para?
Vira nada?
Reinicia?
É despertada?
Será que existe outro lugar?
Talvez um pleno silêncio!
Será só o esquecimento?
Ou um sonho em que sabemos voar?
Disseram-me que dormir
É o treinamento pra partir
Deixar a alma leve e livre
Correr num jardim sublime
Sem depender do material
Sem viver do capital...
Disseram-me que o ser humano
Nos primórdios caçava
Hoje ele se cultua
Pois o novo – velho – plano
É nutrir sua ganância.
É “eternizar” sua “importância”.
Só sei que nada sei
E que se a inexistência
Me trouxer mais consciência
Ainda é fato que jamais saberei.
Talvez seja ausência
Ou será plena vivência
Hoje é desconhecimento,
É o nada, é o vento...