VER PARA CRER

Olho a pedra e ela não me vê.

Ou será que me olha e enxerga

o que não consigo ver?

O olhar humano,

será que vê todos os planos?

Desde a essência, incorruptível à filosofia e a ciência,

até a superfície onde a imanência do indivisível

permanece independente das demolições;

será que olhamos atentamente as minúcias

do oculto que se oculta nas dobras e fissuras

ou mal reparamos nos mapas das construções?

Tempo não há se usarmos relógios;

nem o tempo desconstruído fará com que vejamos

o tecido que se expande até o limite do que não se mede;

tempo é o ato feito e o ato que se fará enquanto fazemos

nossas pequenas grandes coisas com a arquitetura do pensamento...