O AVESSO DA DECEPÇÃO
Esse sou eu...
Que olha pelo
Buraco da agulha.
Essa alma impura
Que perambula
Que lida com a usura
Fugindo da ditadura
E da desolação.
Esse sou eu...
Que foge de mim enfim
Que busca um alvo entre escarros
Que tenta e inventa
Ora finge ser feliz...
Ora acha que nunca vai ser
No entanto que sempre busca, ofusca.
E ainda retruca.
Eu sou eu...
Que tem medo do escuro
Com a luz acesa
Que não gosta do gosto
Mas ama cerveja.
Que tropeça em incertezas,
Mas almeja redenção
Entre uma viela suja
E o vislumbre de tanta
Amargura em profusão.