Morte súbita
Morte súbita
Da arte, sem apoio financeiro
Da cultura, sem laços sociais
Da educação, sem governamentais
Do povo, sem amor verdadeiro.
Do raciocínio, o pensar corriqueiro
Do imaginário, sem ideais
Do transtorno, dias surreais
Do isolamento, dias inteiros.
Morte súbita do poeta
Da literatura, da razão
Da expressão direta.
Do ar rarefeito, falta oxigenação
Da leitura, novos argumentos
Do interior, os sentimentos
E, por fim, morre o doce coração.
Marcel Lopes
03/03/2018