A volta do malandro: Interpretação da letra de Chico Buarque de Holanda.

Eis o malandro na praça outra vez.

Ele voltou, como sempre.

Desse vez voando por cima.

O malandro que você contempla a malandragem.

Eis o malandro de novo.

E você sorrindo a vossa ignorância.

O malandro é esperto.

Você um bestializado.

O malandro te detesta por você ser imbecilizado.

O malandro não gosta da praça.

Todavia, deseja caçar os pobres.

O malandro é anti humanista.

Quer o pobre miserabilizado.

Eis o malandro e você com o sorriso aberto.

O malandro aproveitando nos cabarés.

Vive a vida epicurizada.

Divertindo com as deusas fantasiando na alegria.

O malandro é uma besta e você o inferno.

O malandro na praça entre os coronéis .

Agradando os parangolés.

Dando dinheiro aos patrões.

O malandro é esperto anda de víeis.

Deixa o vento bailar como se fosse maré.

A poeira assentar.

Para te sepultar no chão.

O malandro toma seu sangue.

Seu instinto é vampírico.

Tem no rosto os sinais da maldição.

Deixa a praça virar salão.

Ele voltou.

Está em vosso meio.

Quer te devorar vive do nosso sangue.

Ele é o barão da ralé, só para te beber.

Todavia, você acha chique ficar ao lado do malandro.

Mesmo sendo comido.

Ele voltou seu sangue vai ser bebido.

O malandro é vampírico você será tomado.

Até ficar raquítico sem sangue.

Eis o malandro de novo na praça.

Grande questão os pangarés deixam os vampiros serem vampiros.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 03/03/2018
Reeditado em 03/03/2018
Código do texto: T6269264
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