A volta do malandro: Interpretação da letra de Chico Buarque de Holanda.
Eis o malandro na praça outra vez.
Ele voltou, como sempre.
Desse vez voando por cima.
O malandro que você contempla a malandragem.
Eis o malandro de novo.
E você sorrindo a vossa ignorância.
O malandro é esperto.
Você um bestializado.
O malandro te detesta por você ser imbecilizado.
O malandro não gosta da praça.
Todavia, deseja caçar os pobres.
O malandro é anti humanista.
Quer o pobre miserabilizado.
Eis o malandro e você com o sorriso aberto.
O malandro aproveitando nos cabarés.
Vive a vida epicurizada.
Divertindo com as deusas fantasiando na alegria.
O malandro é uma besta e você o inferno.
O malandro na praça entre os coronéis .
Agradando os parangolés.
Dando dinheiro aos patrões.
O malandro é esperto anda de víeis.
Deixa o vento bailar como se fosse maré.
A poeira assentar.
Para te sepultar no chão.
O malandro toma seu sangue.
Seu instinto é vampírico.
Tem no rosto os sinais da maldição.
Deixa a praça virar salão.
Ele voltou.
Está em vosso meio.
Quer te devorar vive do nosso sangue.
Ele é o barão da ralé, só para te beber.
Todavia, você acha chique ficar ao lado do malandro.
Mesmo sendo comido.
Ele voltou seu sangue vai ser bebido.
O malandro é vampírico você será tomado.
Até ficar raquítico sem sangue.
Eis o malandro de novo na praça.
Grande questão os pangarés deixam os vampiros serem vampiros.
Edjar Dias de Vasconcelos.