Fumaça 5
Quantos somos
Homens e mulheres
Capazes de aceitar
Os erros que cometemos?
Quantas vezes
Usamos máscaras
E nos escondemos por detrás dos nossos rostos
Para não sermos vistos como culpados?
Dizemos coisas entorpecentes
Culpamos inocentes
E a ganância de querer ganhar razão
Só nos torna insurgentes
Estes hábitos
Mal acostumados
São desafortunados e liambeiros
Um vício de ter sempre o galardão
É tóxico esse prazer vingativo
De amar sem sentimento algum
Por conta das decepções museológicas
Esquecidas pelas memórias do baú
Não traga luto na convivência
Seja agricultor de bem-estar
Ateie fogo aos males que surgem como mulogis
E deixe que o fumo desfloreste o inferno
Acenda as luzes azuis
Descoloridas na pintura
E aprecie
O quadro da vida
Abaixo as drogas
E ao consumo excessivo de problemas alheios
É preciso ser abstenho
É preciso ajudar
Não polua o ar com este cigarro de mortes
Em locais públicos
Recomanda-se o cachimbo da paz
E um candeeiro cuja torcida permita uma iluminação jardineira.