ANATOMIA

Descrevo teus dedos dos pés como algodão

Leio teu calcanhar como base da bela flor

Transcrevo tuas pernas em trilhas que predestinam o paraíso

Teu quadril titulo monumento

Tuas curvas nomeio como sinfônicas

E teu busto assimilo como unguento

Em realidade descrever teu corpo é simples

Pois tua anatomia mia como gato cantando ao tempo

Contudo, o que levas em tuas sub-linhas?

Donde colheu fruto do descontento?

Descrever-lhe devorando o impossível descrito, tão fácil...

Teu lamento, entre tudo, é indescritível.

Diogo Acrizio
Enviado por Diogo Acrizio em 27/02/2018
Reeditado em 21/05/2018
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