Do nada
agora mergulho o vazio
no contorno das formas
e na intensidade
dos sentimentos.
visualizo em camadas
um bocado de desejos
e vapores do nada.
pensamentos chegam
em versos e linhas
que desenham a flor.
desdenham o tempo
no ventre, recolhem
do chão a semente
e o pão.
das mãos, o medo.
das asas, os pés.
despedem-se da terra,
sentem no ar, a casa
alada que acomoda
o ser que ama.