DESENREDOS DA VIDA
Acostumei-me:
a falar pouco;
sonhar menos;
observar mais;
e fazer menos barulho.
Arrependi-me:
de trabalhar muito;
de ter amado pouco;
e de não ter me aventurado mais
querendo ser certinho.
Frustrei-me:
por ter transferido e perdido;
por ter sido tímido;
de não amar quem me queria
e com dúvida, que porcaria!
Cobro-me:
pelas desventuras;
faltaram loucuras
para os momentos do discernir.
Assim foram os meus desenredos
da vida, até agora...