O diabo como deus.
Esses pacóvios miseráveis e direitosos.
Fazem da imbecilidade a espiritualidade.
Como se fossem os escolhidos.
Aos montes como rebanhos.
Caminham ao matadouro.
O que então seria o mundo órfico.
Gritam desesperadamente.
Como se fossem privilegiados.
Pobres otários.
Programados pelo fracasso.
Sem heuristicidade.
A luz dos vossos olhos a escuridão.
No alto o sonho metafórico de uma celebridade.
Na memória a cognição travada.
Ausência hilética.
Reina na respiração a fantasia.
Cães de guarda dos reinos milionários.
Estúpidos mortais.
Sem hermeneuticização.
O desespero das imaginações.
Criaturas improcedentes.
Os sinais aos berros.
As tempestades urbanas.
A tristeza do presente.
A não compreensão do especiecismo.
A esperança de uma estátua.
Acreditam em mundos satânicos.
Como se fossem paraísos celestes.
Edjar Dias de Vasconcelos.