Meu Amor

Tudo tão banal

ruas e avenidas, todo dia

sempre tão igual

carros, motos, pessoas

no balé do capital

raro não igual

desloco de cá zaz!

lacra porta

malas chega-se

um bate ponto

opção de vida...

e morte, talvez!

questão de sorte

ou azar

muito, sei não!

tantos sonhos

morrem num balcão,

quantos no coração?

mas é o que tem

passou-me um trem

rumo à capital,

- o capital -

dançando no vai e vem

quem leva-me, sr. Peter,

ao trecho, dos sapatos

capital onde deixo

parte de mim, alma

coloco em tudo

sempre, sempre assim

vejo-te navio, faço-me farol...

dos amigos

poucos não fiz

os que ficaram

passaram, passei

saudade alguma

lhes deixei

e assim

sol vem lua vai

passa tudo

passo pelo tudo

cada vez, talvez

melhor, vinho

branco, borbulhante

ao espumante

acompanham

os bem bons

e a rara, ilha bela

de um arquipélago,

mesmo ao cansaço,

em meu regaço

flashes de apagão

sono e sonhos

furtivo sorriso

... meu amor ...

fabio fernandes
Enviado por fabio fernandes em 20/02/2018
Código do texto: T6258859
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