Adeus, o incompreendido

Adeus, o incompreendido

Não se aprende a esquecer

Para um último olhar não se prepara

A feição abatida se repara

Não se aprende a perder.

Não se aprende a dizer

O adeus é algo incompreendido

Parte da vida, é aprendido

Ninguém o deseja viver.

Aceita-se, mas não se ignora

Acostuma-se mas não o deseja

Ninguém quer ver o outro ir embora.

Não é ocasião para cerveja

Jamais algo que se comemora

À morte ninguém deseja.

Não se aprende a compreender

O adeus não é explicado

Mistério por todos vivenciado

Aquele que nos ensina à perder.

Marcel Lopes

19/02/2018