O Mundo Ao Lado
Acabou o carnaval
Acabou a alegria
Não precisamos ler jornal
E surge uma certa nostalgia
As coisas acabaram
Vamos todos a leilão!
Os autofalantes anunciaram
Desde feto a ancião
A mesa vazia
O nó na garganta
Não ha mais vida
Ninguém se levanta
Os estômagos se acalmam
Sem as palavras de ordem
Corpos frios desalmam
Nascem caos e desordem
Mas da lamparina acesa
A luz se espalha
Ganha os bairros, as cidades
Quem reluz, com calor agasalha
Voam corvos no ar cinzento
No falso horizonte desenhado
Vou pegar meus cães sarnentos
E rumar pro mundo ao lado