Tempo
É o telhado que cai
É o sapato que aperta
É a rua que não te cabe mais
E a escola ficou pra trás
É a estrada que se desdobra
E sua mente se expande
Num piscar de olhos
Ela não volta mais
É o mato sem cachorro
É o grito no sufoco
Sem grana, nada no bolso.
A gente faz um esforço.
É o vendedor de pipoca
Do doce e do pastel
Tem o carrinho do picolé
No calor, quem não quer.
É o tempo que se vai
Leva dores e trás amores
De tantos remendos
Viramos costureiros
Consertando corações
Que caem em despenhadeiros