ESTAÇÕES
(Por Érica Cinara Santos)
Em pouco tempo senti tantos outonos
Onde a vida parecia se esvair
Caíram risos, encantos e tantos planos
Em nudez cinza, pondo a alma a sucumbir
Em meu peito fez-se invernos outrora
De um rigoroso frio congelante
Petrificando corpo e alma sem demora
Apagando cor e vida de um semblante.
As geleiras derretem cálidas agora
Florindo primaveras de um maravilhoso colorido
Trazendo a cura para tudo o que foi ferido
Iluminando-me em doce alegria de uma nova aurora.
Hei de cantar ainda mais fortemente
O canto do verão que há de vir
Quando, dia-a-dia, nítida e mansamente
Desponta o sol no horizonte a me sorrir!
(Porque talvez não se teria tanto crescimento se não tivesse que passar por todas as ESTAÇÕES!)