A Arma
A arma camuflada, mascarada, multifacetada.
O amor, o ódio, um lamento, tudo é arma,
a guerra, a paz, o sorriso, a lágrima,
um ardiloso pensamento,
Há arma que põe e que tira da cadeia,
com a voz que explode em coerente argumento.
Há o homem arma, há armas que ferem,
há as que tiram vidas e as que dão a vida.
A bala perdida sai de uma arma
em armadilha se transforma e ricocheteia,
Acerta naquele que menos espera
Outra mira o alvo no inocente e é certeira,
prossegue zombando da vida alheia.
Fere o homem armado e também o desarmado,
o bandido e também o homem de bem.
As pessoas escondem-se, esquivam-se nas esquinas,
nas ruas, nas casas, nas muretas.
Armas não escolhem gênero, cor, idade e nem classe social; não
E algumas, ainda te chamam de irmão.
Corações de pedra munidos da arma mor – o “dinheiro“
Escondidos em maletas.
Seguem armados até os dentes e todos nós somos reféns
da, cada vez mais, pegajosa teia.
A palavra é a arma que condena no in(justo) tempo e pleiteia.
A arma que tem mais poder é a palavra, escrita ou falada,
é mais afiada do que a mais afiada faca.
Não a palavra em si é preciso agir.
Quem dera, assim caíssem as máscaras e as arma(dura)s.
Quem dera, a inocência prevalecesse...
e apenas bastasse trocar uma letra de lugar - arma por amar.
Ou brincar com as palavras, acrescentar... trocar letras de lugar.
E com a alma lavada e totalmente desarmada a elas embalar...
Amar o amor maior... Amar o amor maior... Amar o amor maior...
E que o AMOR prevalecesse como a ARMA que desarma
e o AMAR como a ARMA derradeira!
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