Entre o céu e o chão - Ilusões - XXIII

... de repente,

nasce em mim

um poema leve,

como aqueles

que passeiam

em ingênuas

asas que desconhecem

fantasmas e portas,

de repente,

tudo o que era

vermelho se

vai para o

silêncio que

acalenta;

de repente,

as margens já

não mais me

assustam e os

ventos são

domados por um

fogo que abranda,

de repente,

já não existe um

"eu" que corre,

que brada,

que exaspera,

que troveja ou

que lamenta,

de repente,

sinto-me sol

em dias chuvosos...

Luz de Cristal
Enviado por Luz de Cristal em 12/02/2018
Reeditado em 12/02/2018
Código do texto: T6251980
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