Entre o céu e o chão - Ilusões - XXIII
... de repente,
nasce em mim
um poema leve,
como aqueles
que passeiam
em ingênuas
asas que desconhecem
fantasmas e portas,
de repente,
tudo o que era
vermelho se
vai para o
silêncio que
acalenta;
de repente,
as margens já
não mais me
assustam e os
ventos são
domados por um
fogo que abranda,
de repente,
já não existe um
"eu" que corre,
que brada,
que exaspera,
que troveja ou
que lamenta,
de repente,
sinto-me sol
em dias chuvosos...