encontro dos tempos
No encontro das eras,
O tempo de esvai,
A realidade se corrói,
E o ser absorto se destrói.
Ante colossal choque,
Resta-nos contemplar,
A beleza exuberante,
Do fim que se apresenta adiante.
Da melancolia finalística,
Extrair a doçura,
Deixar exalar a candura,
Acalentar a alma...
Nada se pode fazer,
Apenas aguardar,
De forma pitoresca talvez,
Um a um, cada qual a sua vez.