Refúgio
Há um lugar extremamente nosso,
Ambíguo e longínquo.
Pacífico e quase celestial.
Onde mágoas e abandonos
Passam a não existir!
Qual névoa,intensamente densa,
A ser deixada para trás!
A Alma ai se refaz.
O Tempo já não faz a diferença,
Pois a mente está sob o torpor
Das misérias e terríveis ilusões!
Passam por lá,imagens
De quem intensamente,nos amou.
Laços e abraços nesses devaneios,
Encontram-se sob a intensa saudade
Dos que ficaram para trás.
Ah! Que prazer imenso,
Nesse vácuo imensurável!
E, acaso os risos voltarem a florir,
Fica-me a certeza de que,
A magia do existir,
(Nesse falso existir),
Trará de novo e com leveza,
Brumas e gaivotas,
Nesse oceano de elixir!