INCAUTO
INCAUTO
(Carlos Celso Uchoa Cavalcante)
25/janeiro/2018
Não!
não vou me humilhar mais do que devo,
me ajoelhar a ti até me atrevo,
mas quero respeitar os meus limites.
Que acredites!
não sei se a situação é minha,
omisso fui, porém o que convinha
eu confessei bem pormenorizado.
Não sou culpado!
se culpa eu tivesse era de amar,
isso é sublime; crime é odiar
e não odeio, eu veemente amo.
Eu não reclamo!
existe entre nós o incompatível,
há vezes em que dizemos o indizível
tal como um amor inexplicável.
Inexorável!
não culpo-a por sua rigidez;
fossemos jovens, os dois, não sei! talvez
até conciliássemos sentimentos.
Hoje, lamentos!
é tudo que procuro dispersar.
não me condenes pelo crime de te amar,
se é que é crime, não sei! faça seu julgo.