Sou tão humano que dói!

Fui longe demais para poder voltar agora descalço,

aos canteiros de rosas entre espinhos perfumados.

Desci fundo demais para poder voltar a submergir

do fundo deste poço, amordaçados por vozes misteriosas...

…onde a inexatidão de diferença entre sexo e amor é o vazio!

Consciente que vida pode rimar com poemas de desamor.

Subi tão alto para poder ou querer descer agora sem asas,

da desumana sensação que estive lá mais de vinte anos.

Quebrei todos…todos os espelhos cínicos e não me vi!

Fiquei demasiado estático para poder aprender a viver

e sentir as feridas fundas de meus lábios velhos e secos!

Que outrora iluminaram os mais belos e intensos beijos.

Realidade? Ou morte de uma fantasia?

Febo
Enviado por Febo em 02/02/2018
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