Transições

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Transições

O silêncio amoroso

- Que chamarei de indiferença -

é mordaz e fere lentamente.

O ápice da fuga

- Que chamarei de desculpa -

tira o senso de pertencimento.

O desapego continuado

- Que chamarei de mudança de foco -

desorienta quem apenas espera.

A indisponibilidade recorrente

- Que chamarei de pretexto -

tem sentido na alteridade que aflora.

A constante insatisfação

- Que chamarei de sofisma -

desmorona no sorriso doutra voz.

A esperança que não cessa

- Que chamarei de resignação -

tem fulcro no que já vivemos.

Nijair Araújo Pinto

Crato CE, 30 de janeiro de 2018.

11h45min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 30/01/2018
Código do texto: T6240383
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