HUMANIDADE
(Por Érica Cinara Santos)
Ah, humanidade!
O que de humano há em ti?
Haverá de sentir algo de verdade?
Ou a verdade em ti já há de partir?
Expressa-te nas artes
Nas telas, nas poesias,
Nas novelas de cavalaria
Em tudo há o que és tu, tuas partes.
Em meio ao tumulto vão
Reflexo desses novos tempos,
Onde estará o ‘locus amoenus’?
O que haverá de ser da atual geração?
A liberdade por tanto tempo reivindicada
Filosofada por Rousseau e tantos outros
Nas telas de Delacroix retratada
Sabes vivê-la, de fato, ao menos um pouco?
Salve Drumond, salve Neruda,
Salve o que alimenta a alma e a razão!
Salve o que vem de dentro e inunda
Que aguça os sentidos, a percepção!
Humanidade, quiçá não te faças tão rasa
Pelas facilidades e rapidez do momento
Eis que a profundidade do sentimento
É o que te transforma, te engrandece e te dá asas!