CARNAVAL...
Senta-se à mesa de um bar
À sombra, no cais, beira-rio
Fundo do copo quase vazio
Onde se bebe o que não há.
Ao longe a bandinha a tocar,
Choros de nada compreender
Como se pudesse enternecer
Um carnaval que quer passar.
Vestem-se paraísos incógnitos
Encobrem-se abrigos insólitos
Por baixo almas querendo viver...
Vem um palhaço alheio a chorar
E o homem-aranha diz me salvar
Perguntando o que há para beber.