Entre o céu e o chão - Ilusões - XV
É deveras estranho
a bondade dos sábios
que empoeiram seus
gestos de nobreza em livros
e verbos soltos,
é deveras estranho
a bondade dos santos
que pouco fazem aos
semelhantes por se ocuparem
por questões ditas mais
valiosas que o próprio ser,
é deverás estranho e
incompreensível ( e
inadmissível) a bondade dos
bons que se trancam
em suas montanhas sem
vida a olhar somente
para o próprio pé que nunca
chegará a céu algum,
é mui assustador a bondade
daqueles que presenteados
por virtudes a usam apenas
para si mesmo, esquecendo
o motivo pelo qual foram escolhidos
para receber sabedoria e poder;
talvez ( prefiro achar mesmo
que é certeza) por essa
estranheza toda que prefiro
aprender com os 5 elementos
e com aqueles que sendo amor
demostram a mais incontestável
sabedoria:
_ nada mais perfeito que um gesto
humilde de compaixão para ver refletido
a máxima divina!