NA PONTA DA LÍNGUA
Sou um desses "langoliars"
eu boco o medo
dos amores
medo do dever
do devir
do vir e ver
sou um papão dos contos
dos contos reservados ao pão
ao lar
ostentas a hóstia
na ponta da língua
que nunca provará
de nossa carne fremente
exceto com o verso
que no silêncio
aprende com as horas a gozar