Aborrecimentos



Nessa minha vida
Não há mais espaços
E nem sequer tempo
Para tormentos voluntários.

E os involuntários
Que também são
Contratempos,
Eu deixo de lado,
Levados pelo vento.

Um gesto de mão,
Um olhar de passagem,
E eu deixo para trás,
Seguindo viagem.

A mesma paisagem,
Sob olhares diferentes,
Pode ser o céu,
Ou pode ser o inferno.

Nem todos os verões,
Ou todos os invernos
Mudarão aquilo
Que o outro sente.

A mesma paisagem,
A pele que sangra,
Num mesmo colar,
Diversas miçangas.

A mesma viagem,
Mas as estações
E as disposições
Sempre divergentes.

.

.

.


POR MAIS DIFERENTES QUE SEJAM AS VIVÊNCIAS E AS OPINIÕES, RESPEITO DEVERIA SER FUNDAMENTAL - BÁSICO.


Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 08/01/2018
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