O delírio dos vossos segredos.

Os vossos segredos.

Cairam por terra.

O vento levou.

O tempo passou.

Quem são eles, sem nome, sem rosto, sem rua.

Sem identidade.

Perderam o caráter.

Entretanto, onde estão.

O rato branco comeu.

Gritam desesperadamente.

As bandeiras tremulam.

Formularam as ilusões.

Contam as histórias ao som dos tambores.

Vendem a alma, acreditam no inferno.

Adoram a deus e contemplam o diabo.

Pregam o santo nome.

Dizem alelua, nosso senhor.

Desesperançados

Repetem o soluço.

As vossas tragédias.

Olham as estrelas, deliram o infinito.

Como se a luz do sol fosse o próprio brilho.

Sonham um dia ser a felicidade contínua.

Todavia, mergulham na mais profunda alienação.

Acreditam que o resquício da vida.

A eternidade dos seus desejos.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 07/01/2018
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