O delírio dos vossos segredos.
Os vossos segredos.
Cairam por terra.
O vento levou.
O tempo passou.
Quem são eles, sem nome, sem rosto, sem rua.
Sem identidade.
Perderam o caráter.
Entretanto, onde estão.
O rato branco comeu.
Gritam desesperadamente.
As bandeiras tremulam.
Formularam as ilusões.
Contam as histórias ao som dos tambores.
Vendem a alma, acreditam no inferno.
Adoram a deus e contemplam o diabo.
Pregam o santo nome.
Dizem alelua, nosso senhor.
Desesperançados
Repetem o soluço.
As vossas tragédias.
Olham as estrelas, deliram o infinito.
Como se a luz do sol fosse o próprio brilho.
Sonham um dia ser a felicidade contínua.
Todavia, mergulham na mais profunda alienação.
Acreditam que o resquício da vida.
A eternidade dos seus desejos.
Edjar Dias de Vasconcelos.