MADRUGADA

Suave, bela e delirante

Silenciosa na noite sombria

Caminha causando espanto

Ao nascer o novo dia

A solidão da madrugada

Com o raiar da aurora

É pela sua luz agitada

Expulsa, mandada embora

Ficam esquecidos os sonhos

Durante a noite gerados

Em que silêncios medonhos

Nos deixam amedrontados

São tristezas que esmorecem

Vão perdendo o seu impacto

No amanhecer se desvanecem

Sombras negras de basalto