Modernidade: a eletricidade na rotina humana
Modernidade: a eletricidade na rotina humana
Intensa rotina no mundo contemporâneo
Não se tem mais tempo para tradições
Consumidos pelo mercado de ilusões
Há muito, já não somos espontâneos.
Preza-se o que é momentâneo
Perdidas, costumam estar nossas ações
Como nós, estão em muitas direções
Em busca do alvorecer instantâneo.
Como elétrons alienados velozmente
Em alta tensão estamos vivendo
Sem cuidados, não se brotam as sementes.
Promissoras da liberdade, estão morrendo
Àquela, que idealizamos na mente
Assim como nós, está se corrompendo.
Corrupção, altas descargas de eletricidade
Como as trocas de acusações em vários aspectos
Não é preciso qualquer retrospecto
Para saber que é reflexo da insanidade.
Modernos, corrompidos na moral
Leis, há muito não controlam
Poderes, infelizmente, colaboram
Para que vivenciemos nosso “final”.
Longe, muito distante o ideal
Utopia, sonhos que esfolam
Desejos, preces que consolam
Para suportarmos o buraco social.
Como elétrons não temos tempo
Para refletir sobre tais condutas
E, enfim, dar o exemplo.
Na cegueira absoluta
Almas fiéis seguem ao templo
Pedir auxílio na conduta.
Fé, sacrifício e adoração
Os remédios que, são como recargas,
Somos todos, baterias em descarga,
Clamando pela luz na escuridão.
Marcel Lopes
05/01/2017