Madrugada
É madrugada e, sem sono,
Tento esquecer os conflitos mentais...
Sou um mordomo
Em um baile de lutas entre rivais...
Enquanto sou alma em um corpo
Que se enrola em lençóis matinais,
Alma que sou, vejo-me natimorto!
Se natimorto;
Sinto-me agonizante...
O corpo que recebeu sem conforto;
Amparou-me como um amante,
Que mesmo sabendo do sofrimento,
Desperta e recebe a amada sem lamento...
E passa o tempo doando-se até cair estafante!
Ao deitar-me, teimosamente acordado,
Conto estrelas e carneiros com a mente já cansada...
O corpo cede espaço e, calmamente, enlaçado,
Com sua alma querida e amada,
Espera que passem os carneiros e voem os astros;
Pois é chegada a hora de ambos esquecerem-se da vida!
Numa estrada por onde passaram, as lembranças são rastros...
Via pedregosa que jamais será esquecida!
É madrugada e, sem sono,
Tento esquecer os conflitos mentais...
Sou um mordomo
Em um baile de lutas entre rivais...
Enquanto sou alma em um corpo
Que se enrola em lençóis matinais,
Alma que sou, vejo-me natimorto!
Se natimorto;
Sinto-me agonizante...
O corpo que recebeu sem conforto;
Amparou-me como um amante,
Que mesmo sabendo do sofrimento,
Desperta e recebe a amada sem lamento...
E passa o tempo doando-se até cair estafante!
Ao deitar-me, teimosamente acordado,
Conto estrelas e carneiros com a mente já cansada...
O corpo cede espaço e, calmamente, enlaçado,
Com sua alma querida e amada,
Espera que passem os carneiros e voem os astros;
Pois é chegada a hora de ambos esquecerem-se da vida!
Numa estrada por onde passaram, as lembranças são rastros...
Via pedregosa que jamais será esquecida!