VERÃO MAIS UMA VEZ

SOL que dardeja, luz e calor enseja,

Sol de verão entrante, brilhante no arrebol,

quer seja ao romper da aurora,

quer seja ao cair da tarde, sem alarde,

desperta sonoridade por onde passa,

com graça a natureza em flor sorri,

flores do campo, beija-flor e borboleta.

E meu porvir passou por outros sóis,

por outras plagas, sonhos desfeitos,

imperfeitos porque não sabia sonhar...

Os sóis podem morrer e renascer:

basta querer apagar a chama,

reacender a chama basta também.

Quando a brevidade da chama se apaga,

dormimos uma infinita noitada sem pejo,

dorme o desejo também...

Sem conta mil beijos beijados beijamos,

foram tantos, mil ou muito mais,

que a dúvida não se interponha entre nós,

que estes sóis sejam somente nossos e de mais ninguém...

Reacender a chama tentei, de uma coisa me apercebi:

era sonho apenas,

os sóis de ontem não são os de hoje e plagiei

o que ontem fui e hoje não sou mais...

Carlos Lira.

entrada do verão de 2017.

clira
Enviado por clira em 22/12/2017
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