Os diversos tempos a cada instante.
Se pudesse reviveria o silêncio.
Voltaria para sentir o passado.
Em outro tempo histórico.
Solitariamente, olharia para o infinito.
Tentaria compreender a solidão esquecida.
Ficaria no mesmo lugar.
Para refletir a distância dos fatos.
Tentaria sentir a energia de hidrogênio.
A noite o brilho das estrelas.
Analisando como tudo isso aconteceu.
Todavia, não posso voltar.
Entretanto, procuro sentir nas imagens da memória.
As magnitudes das ilusões.
Abstratamente, revejo a cada instante.
Religando o tempo na evolução.
Sentindo o passado.
Não compreendendo o presente.
Na mais absoluta solicitude.
Vejo o futuro morrendo.
Com efeito, solitariamente.
Compreendo a distância, a inexorabilidade.
As indeleveis ponderações.
O tempo que tive para poder comparar os diversos mundos.
O significado de cada existência.
Do mesmo modo, das inexistências.
Ainda resta o pensamento que está sendo exaurido.
Posteriormente, o mais absoluto silêncio.
Como se nada disso tivesse acontecido.
O enceramento da história genealógica.
Todos eles, como sempre transformaram em diversos.
Os diversos em outras complexidades, consecutivamente.
Como se a realidade não fosse a realidade.
Nem os sinais civilizatórios sobraram.
Porém, o infinito todo azul e distante.
O céu a tarde coberto de nuvens.
A noite o vácuo interminável de estrelas.
O mesmo solo, os trilhos foram perdidos.
A eternidade se reformulará a cada momento.
A memória destituiu-se ao destino neuronômico.
Apenas a intuição.
Edjar Dias de Vasconcelos.