Os diversos tempos a cada instante.

Se pudesse reviveria o silêncio.

Voltaria para sentir o passado.

Em outro tempo histórico.

Solitariamente, olharia para o infinito.

Tentaria compreender a solidão esquecida.

Ficaria no mesmo lugar.

Para refletir a distância dos fatos.

Tentaria sentir a energia de hidrogênio.

A noite o brilho das estrelas.

Analisando como tudo isso aconteceu.

Todavia, não posso voltar.

Entretanto, procuro sentir nas imagens da memória.

As magnitudes das ilusões.

Abstratamente, revejo a cada instante.

Religando o tempo na evolução.

Sentindo o passado.

Não compreendendo o presente.

Na mais absoluta solicitude.

Vejo o futuro morrendo.

Com efeito, solitariamente.

Compreendo a distância, a inexorabilidade.

As indeleveis ponderações.

O tempo que tive para poder comparar os diversos mundos.

O significado de cada existência.

Do mesmo modo, das inexistências.

Ainda resta o pensamento que está sendo exaurido.

Posteriormente, o mais absoluto silêncio.

Como se nada disso tivesse acontecido.

O enceramento da história genealógica.

Todos eles, como sempre transformaram em diversos.

Os diversos em outras complexidades, consecutivamente.

Como se a realidade não fosse a realidade.

Nem os sinais civilizatórios sobraram.

Porém, o infinito todo azul e distante.

O céu a tarde coberto de nuvens.

A noite o vácuo interminável de estrelas.

O mesmo solo, os trilhos foram perdidos.

A eternidade se reformulará a cada momento.

A memória destituiu-se ao destino neuronômico.

Apenas a intuição.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 19/12/2017
Reeditado em 19/12/2017
Código do texto: T6203198
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